Para quem
não ficou sabendo, ontem (dia 07/05/15) foi aprovado na Câmara dos Deputados as
alterações do benefício Seguro – Desemprego, e Abono Salarial, onde novamente,
o trabalhador é prejudicado. Claro que, as decisões são baseadas na “desculpa”
de ajuste fiscal, onde o governo afirma que precisa se recuperar da crise que o
país está enfrentando.
As mudanças resumidamente são:
*Medida
Previsória 665 - O texto aprovado prevê que uma pessoa que solicite o
seguro-desemprego pela primeira vez precisará ter trabalhado por pelo menos 12
meses (ao invés dos seis atuais). O governo queria originalmente que o prazo
fosse de 18 meses, mas foi obrigado a recuar ;
*As novas
regras que passaram na Câmara também estabelecem que o abono salarial será
proporcional ao tempo trabalhado no ano e que só terá direito o benefício quem
trabalhar formalmente no mínimo três meses. Antes, todo trabalhador de baixa
renda (até dois salários mínimos) que trabalhasse pelo menos um mês com
carteira assinada no ano podia requerer o benefício integral de um salário
mínimo. O governo defendia ampliar esse prazo para seis meses, mas também teve
que ceder nesse ponto ;
*As medidas
de ajuste fiscal são consideradas essenciais pela presidente para reorganizar
as finanças públicas e permitir a retomada do crescimento econômico. A meta
inicial com as duas MPs era economizar R$ 18 bilhões neste ano, mas as
alterações feitas pelos deputados reduziram esse valor em cerca de R$ 3
bilhões.
*Fonte:
Mariana Schreiber – Portal Terra
Óbvio, que
minha revolta nesse assunto é total, visando que nós estamos cientes de
escândalos de roubos absurdos que estão ocorrendo no país, e quem paga por
isso? O trabalhador, é claro. Ninguém cogita a possibilidade de diminuir os
salários dos deputados, que dormem (literalmente) em sessões da Câmara em vez
de cumprirem com seu papel. Não, eles não podem ser afetados. Então, vamos
tirar do mais pobre, sempre.
E no país
Brasil, onde o governo afirma que estamos ‘cada vez mais ricos’, vejo cada vez
mais pobreza. Gostaria de conseguir visualizar concretamente, onde o governo
afirma que estamos ‘tão bem’. Preciso realmente ver para crer, pois o que vi de
aumento de classe média, foi um na realidade um aumento de crédito/empréstimos na classe baixa
– e isso não faz ninguém mais rico. Isso é uma ilusão. Ter acesso a crédito não
significa que eu saí da pobreza, significa que vou pagar mais juros porque vou
pegar emprestado por um dinheiro que eu não tenho.
Como uma
cidadã que paga impostos, questiono sobre a real evolução do país, em que a
inflação cresceu, os benefícios estão sendo tirados da população, e os
escândalos de roubo correndo solto e nada do dinheiro roubado retornar aos
cofres públicos.
E acho
impressionante, observar a ignorância humana quanto ao lance brasileiro de
política de ‘esquerda’ e ‘direita’. Virou uma verdadeira discussão de religião
esse assunto. Se eu sou a favor de manifestações contra a corrupção do governo,
sou da oposição, sou de ‘direita’. Gente?! NÃO SOU DE NADA! Quero ver o Brasil
crescer, quero todo mundo melhor ! Não estou nem aí se quem fizer melhor ser PT
ou PSDB. Eu quero o bem do meu país! Apenas isso! Não concordo de ser chamada
de um 'lado ou de outro', eu vou sempre torcer por quem melhor aja a frente da
organização desse país.
Todos os
partidos tem sua corrupção, suas mentiras, suas ilusões. Ninguém é perfeito,
muito menos Santo. Disso eu tenho absoluta certeza.
Apenas fico
fielmente torcendo que alguma coisa de bom aconteça de novo nesse país. Pois do
jeito que anda a situação, estamos indo de mal a pior. A luta pelo progresso
dessa nossa querida terra ainda está longe de terminar – estamos no início de
uma nova era de consciência política. As pessoas estão aos poucos, se
politizando. (Incluindo eu.) Então, vamos torcer que essa nova consciência, não
seja voltada a ser de ‘direita’ ou ‘esquerda’, e sim, voltada ao foco do que
realmente importa – ver o cidadão brasileiro ter mais orgulho de onde vive, da
sua luta diária. Isso é o que todos nós, brasileiros(as), merecemos.
Mais amor, por favor!
Beijos,
Karen Thiemi